quinta-feira, 26 de abril de 2012

‎"O homem livre é aquele que não receia ir até ao fim da sua razão."





Assembleia Municipal de Salvaterra de Magos
25 Abril de 2012

Senhor Presidente da Assembleia Municipal
Senhora Presidente da Câmara Municipal
Senhoras e Senhores Deputados Municipais
Senhora e Senhores Vereadores
Munícipes

Ao estado a que chegamos! Ao estado a que chegamos!
Salgueiro Maia há trinta e oito anos foi muito claro para os seus homens…
"Meus senhores, como todos sabem, há diversas modalidades de Estado. Os estados sociais, os corporativos e o estado a que chegámos. Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos! De maneira que, quem quiser vir comigo, vamos para Lisboa e acabamos com isto. Quem for voluntário, sai e forma. Quem não quiser sair, fica aqui!"
O estado a que chegámos leva-nos hoje, não a prestar homenagem a nenhum capitão de abril, mas sim a homenagear os mais de quatro mil presidentes de junta, em especial aos presidentes de junta do nosso concelho representantes de todos os munícipes do concelho.
Só quem não conhece o País real pode tratar os presidentes de junta (e neles todos os portugueses) com a falta de respeito que têm sido tratados.
Decidir, pressupõe conhecimento, determinação, capacidade de planeamento e de acção. Pressupõe definir os destinatários das políticas públicas, propor objectivos, proceder à sua implementação e avaliar em que medida estes objectivos foram atingidos, mas acima de tudo, pressupõe trabalhar para as pessoas e em função delas.
Trabalhar para as pessoas, não passa hoje de simples retórica na boca dos decisores, para ser mais concreto, desta direita que nos desgoverna, pior... que nos governa de forma desastrosa, diria mesmo... ruinosa, porque este desgoverno não é ausência do mesmo, mas um governo que nos leva pelo principio do fim...! Passou a valer tudo, custe o que custar! O estado a que chegámos hoje é este! …vale tudo, custe o que custar!
Trinta e oito anos depois (com as devidas comparações) chegámos novamente ao ponto a que chegámos!
O ponto a que chegámos, não deixa espaço para rodeios! Daqui dizemos à direita que nos governa, ou melhor desgoverna, que chega! Basta! Mas também dizemos à esquerda que se opõem a nós que não nos enganámos no adversário! Assumimos todas as nossas responsabilidades, todas! A começar pelas decisões menos corretas.
Honramos o nosso passado e não nos enganámos no adversário!
A direita hoje ajusta contas com o 25 de Abril (desmantelando o estado social, destruindo o serviço nacional de saúde, a escola pública e o sistema de segurança social) e a esquerda mais à esquerda, continua a ajustar contas com o PS.
Só resistindo àqueles que nos dizem que só há um caminho, estaremos a trabalhar para as pessoas. Há um outro caminho, há sempre um outro caminho...ou haverá sempre "o" caminho!
O contexto de hoje é outro, mas uma certeza tenho “o povo unido jamais será vencido”, “que mesmo na noite mais triste/em tempo de servidão/há sempre alguém que resiste/há sempre alguém que diz não” ao estado a que chegámos!
Porque o dia de hoje não é de felicidade, mas sim de tristeza…porque Abril não é a mesma coisa sem os Capitães, sem Soares e Alegre…
Termino com as palavras dos Capitães (da Associação 25 de Abril)…
Neste momento difícil para Portugal, queremos, pois:
1. Reafirmar a nossa convicção quanto à vitória futura, mesmo que sofrida, dos valores de Abril no quadro de uma alternativa política, económica, social e cultural que corresponda aos anseios profundos do Povo português e à consolidação e perenidade da Pátria portuguesa.
2. Apelar ao Povo português e a todas as suas expressões organizadas para que se mobilizem e ajam, em unidade patriótica, para salvar Portugal, a liberdade, a democracia. 
Viva Portugal!

O deputado municipal
(líder da bancada socialista na Assembleia Municipal)
(Nuno Mário Antão)

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