quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Dia da Saudade!

"Saudade é solidão acompanhada, 
é quando o amor ainda não foi embora, 
mas o amado já... 

Saudade é amar um passado que ainda não passou, 
é recusar um presente que nos machuca, 
é não ver o futuro que nos convida...

Saudade é sentir que existe o que não existe mais... 

Saudade é o inferno dos que perderam, 
é a dor dos que ficaram para trás, 
é o gosto de morte na boca dos que continuam... 

Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade: 
aquela que nunca amou. 

E esse é o maior dos sofrimentos: 
não ter por quem sentir saudades, 
passar pela vida e não viver. 

O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido."

Pablo Neruda

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

SOL.....

Eu sabia.....



Só pode.....Sol e Mar......só podem mesmo fazer bem!
A mim pelo menos.....fazem-me de facto muitíssima falta, tanta!
Saudade do tempo em que em stress....5 minutos estava à beira da praia a carregar baterias....

Luz do Sol previne problemas cardiovasculares

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Passeio TT - 18 Janeiro de 2014



Nem a chuva impediu que o Passeio TT realizado em Marinhais no passado dia 18 de Janeiro tenha sido um sucesso.

Tivemos no terreno 132 viaturas, 300 pessoas.
Tínhamos pensado iniciar a recepção às pessoas pelas 12h, acontece que muitos dos participantes chegaram à nossa Vila bastante mais cedo que essa hora.

Pelas 12h já tínhamos mais de metade das inscrições feitas.

De seguida deu-se o almoço (Sopa da Pedra) e começou a preparação da saída para o terreno. 

A chuva não deu tréguas, muitas das zonas do passeio estavam de facto bastante desafiantes….e, como é natural….muitos atascansos! Mas também assim…a piada tinha sido outra.

Tínhamos 43 Km de percurso com um grau de dificuldade considerado Médio/Baixo, mas as condições climatéricas trataram de dar a grande parte destes 43 Kms alguma adrenalina acrescida.

Logo após a partida dos primeiros participantes começou a tormenta para os que quiseram fazer a travessia de um ribeiro, o desafio era grande mas mesmo assim foram muitos a tentar a sua sorte … a aventura continuou e mais à frente começava o grande desafio … o sobe e desce! Iniciava com uma descida técnica que provocava um elevado nível de adrenalina aos participantes, logo após terminar a dificuldade era a travessia de um charco que se veio a revelar uma dor de cabeça …. 
Pela frente tínhamos 2 km de subidas e descidas continuas sempre com caminho alternativo…. 

Chegado ao reforço havia uma bifana a espera (e bem merecida) até porque as dificuldades estavam a meio.

Os restantes 20 km foram praticamente planos mas repletos de água e lama o que provocou uns valentes atascos… abrindo o apetite para o jantar que se previa tarde mas delicioso.

Após a jantarada havia uma pista de trial para os mais afoitos o que se veio a revelar-se bem complicada de se fazer devido a forte chuvada que caiu durante o dia e princípio de noite.

O último membro da organização chegou ao recinto pelas 00h com a certeza que ninguém ficou no terreno, o lema desta organização é “que os participantes não se sintam sozinhos durante todo o percurso”, com a passagem do carro vassoura tudo terminou bem para o último grupo no terreno…

Podem não acreditar, mas houve participantes a fazer o percurso, mais que uma vez!

E como disse um dia Shakespeare….”Tudo bem quando termina bem”.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Onde, Quando, Como, Porque Cantamos Pessoas Vivas



"I - ...cantamos pessoas vivas...

É por aqui que se começa
Pelas palavras simples
Recusando a amargura
Nas margens do poema
Pelas pessoas vivas

É por aqui que se começa
Pela fúria de começar
Com a voz em liberdade
Sem muralhas no olhar
Cantando pessoas vivas

É por aqui que se começa
Pela fúria de começar
Usando palavras simples
Cantando pessoas vivas
Ensinando-as a pensar

II - Onde...

Quando percorro as margens deste rio
Jogando letra a letra, verso a verso
As idéias que hora a hora, dia a dia
Me repetem, me ensinam
O caminho do processo
Hora a hora, dia a dia, verso a verso...

Quando escrevo nas paredes o teu nome
E sinto intensamente à flor da pele
A estranha sensação de quem encontra
Esse nome, o teu nome
Voando no papel
O nome do meu hotel, liberdade...

Quando passo pela ponte deste rio
A quem também chamei de Rio Dourado
E sinto intensamente a alegria
Me encontro, e renasce em mim
O canto da verdade
O espelho da verdade, que me invade...

E parto a pensar no meu regresso
E volto a pensar na despedida
Acordo no país a que pertenço
E aprendo, e repito
A palavra proibida
A palavra esquecida, liberdade...

III - Quando...

Quando o branco da neve se confunde as ondas
Quando a nafta das ondas dissolve no mar
Quando os corpos flutuam perdidos no vácuo
E regressam sem nexo ao secreto lugar

Quando idéias se fixam na minha memória
Quando o som dos meus passos ecoa no ar
E os sonhos se perdem no fundo do meu ser
Me conduzem as portas do secreto lugar

Onde
Quando
Como
Porquê
Cantamos pessoas vivas!

Quando um povo vivia na noite distante
Avançando pesado, lento e devagar
Sonhando encontrar o limite da vida
Neste calmo, tranquilo e secreto lugar

Sono calmo, tranquilo, trancado e coberto
Me recordo com raiva de me contentar
No espelho perfecto dessas paredes
No meu calmo, secreto e futuro lugar

Onde
Quando
Como
Porquê
Cantamos pessoas vivas!

IV - Porque...

Porque os ponteiros do tempo não pararam
Nas torres das igrejas, nem ruína
E avançam calados...e discretos...
Um pouco para baixo, um pouco para cima

Porque os ventos mudaram para sempre
Apagando as pálidas imagens
Dos mitos, de caveiras, "belle-époque"
Que fugiram para longínquas paragens

Porque o sorriso voltou de novo ao rosto
Daqueles que ficaram vigilantes
Perfumando cidades e aldeias
Que deixaram de ser como eram antes

Também eu me sinto um homem novo
Do sangue que me corre pelas veias
Porque o stress levou todas as fontes
Que levaram a nevasca às aldeias

V - Como...

Como um raio de sol na porta entreaberta
Como quem tem um filho pela primeira vez
Como quem anda nu sobre a praia deserta
Como quem pisa a lama entre os dedos dos pés

Como um poema de maio sobre o meu país
Como quem dorme ao relento em pleno mês de agosto
Como as linhas da vida na palma da mão
São as coisas mais simples que me dão mais gosto.

Como quem passa sempre no mesmo lugar
Como o tempo escrevendo sulcos no meu rosto
Como a luz desenhando círculos de fogo
Entre as nuvens que sobram da linha do sol posto

Como o vento agitado na rama dos pinhais
Como a sombra cobrindo parte do meu corpo
Como o som lembrado algum tempo depois
São as coisas simples que me dão mais gosto.

VI - ...cantamos pessoas vivas. (reprise)

E depois de começar
Embarcamos na canção
Sem pontas nem grandezas
Com o povo no coração
Pra isso serve a canção

Navalha de corpo inteiro
Pra dar o golpe certeiro
Em quem lhes nega a razão

Acabar também é simples
Mais simples do que começar
Desenhamos um país
Com o máximo vigor
Sem pessoas nem fronteiras
E fomos bem adentro

Palavras certeiras...

É por aqui que se termina
Pelas palavras simples
Pra isso serve a canção
Definindo a situação

Cantando pessoas vivas...
Cantando pessoas vivas..."